TSE encerra investigação contra Bolsonaro e confirma ausência de provas sobre ataques ao sistema eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encerrou o inquérito administrativo que investigava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por supostos ataques às urnas eletrônicas e à legitimidade das eleições de 2022. O processo foi arquivado por falta de elementos concretos, após quatro anos de diligências e sem a apresentação de qualquer evidência que justificasse sua continuidade.

A investigação havia sido aberta após uma transmissão ao vivo em que Bolsonaro questionou a transparência do sistema eletrônico de votação — tema que, desde então, vem sendo tratado como tabu pelo TSE e por setores da imprensa.

Durante as apurações, o tribunal contou com apoio da Polícia Federal e de empresas de tecnologia para identificar eventuais irregularidades, mas nada foi comprovado contra o ex-presidente. Outros fatos paralelos, como o financiamento de manifestações e o uso de recursos públicos em motociatas, foram encaminhados a diferentes instâncias, sem relação direta com o inquérito eleitoral.

Na decisão que determinou o arquivamento, a corregedora-geral Isabel Galloti destacou que “seria inútil o prosseguimento do inquérito”, tendo em vista que o prazo para novas ações eleitorais já expirou.

O encerramento do caso reforça a percepção de que parte das investigações movidas contra Bolsonaro tiveram caráter político, usadas para tentar enfraquecer o ex-presidente e seu grupo político.Agora, com mais um processo arquivado, cresce a cobrança por isonomia e imparcialidade no Judiciário, especialmente em temas que envolvem liberdade de expressão e questionamentos legítimos sobre o sistema eleitoral brasileiro.