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Sem acordo sobre IOF, Barroso sinaliza que STF dará a palavra final: “Se não houver consenso, decidimos”

  • Redação
  • 4 de jul.
  • 2 min de leitura
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Durante participação no Fórum de Lisboa nesta quinta-feira (3), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que a Corte poderá intervir diretamente no impasse envolvendo o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), caso não haja entendimento entre os Poderes da República.


Em entrevista à Folha de S. Paulo, Barroso defendeu que consensos entre Congresso e Executivo são o melhor caminho, mas, se eles falharem, o STF não se furtará de agir:


“Quando possível, soluções consensuais são bem-vindas. Mas, se não forem, nós decidiremos”, declarou.


Conflito entre os Poderes

A crise foi desencadeada após o Congresso Nacional revogar um decreto do presidente Lula (PT) que autorizava a elevação da alíquota do IOF. Diante da derrota legislativa, o governo federal recorreu ao STF por meio de uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) para tentar manter o aumento do imposto.


O processo foi protocolado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. O advogado-geral da União, Jorge Messias, explicou que o pedido foi embasado por uma análise jurídica detalhada, solicitada diretamente pelo chefe do Executivo:


“Foi resultado de um parecer técnico-jurídico, feito a meu pedido direto por Sua Excelência, o presidente da República”, disse Messias.


Barroso nega interferência excessiva

Questionado sobre as críticas ao STF por suposta interferência frequente em disputas políticas, Barroso rebateu a narrativa:


“É um equívoco achar que o Supremo se envolve em tudo. Quando possível, nós buscamos soluções harmônicas, mas também cumprimos o nosso dever constitucional.”


Barroso reforçou que, além da interpretação jurídica da Constituição, o tribunal pode exercer um papel de mediação institucional, aproximando Legislativo e Executivo para evitar rupturas maiores.


Entenda o caso do IOF


Lula editou um decreto prevendo o aumento do IOF.


  • O Congresso anulou o decreto, alegando inconstitucionalidade e abuso de poder regulamentar.


  • O governo federal recorreu ao STF por meio de uma ADC, buscando reverter a anulação.


Agora, caberá ao STF definir se o decreto tem ou não validade jurídica.

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