Díviva pública alcançou patamar recorde de R$8,1 trilhões em agosto
- Redação
- 3 de out.
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A Dívida Pública Federal (DPF) alcançou o patamar recorde de R$ 8,145 trilhões em agosto de 2025, de acordo com dados do Tesouro Nacional. Apenas em relação a julho, o salto foi de 2,59%. Mas o que chama atenção é o acúmulo desde o início do atual governo: em janeiro de 2023, a dívida estava em torno de R$ 5,86 trilhões. Ou seja, em pouco mais de dois anos e meio, a conta aumentou quase 39% em valores nominais.
O endividamento público avança principalmente por três fatores: emissão líquida de títulos, que somou R$ 136,6 bilhões no mês; apropriação de juros, com acréscimo de R$ 69,3 bilhões; e a própria fragilidade fiscal, que obriga o Tesouro a rolar dívida a custos elevados.
A conta da gastança
No discurso oficial, o Tesouro justifica o aumento como reflexo de “maior demanda do mercado por títulos” e de um “ambiente mais favorável”. Mas, na prática, o que se vê é o efeito direto da política econômica do governo Lula, marcada por aumento de gastos, expansão de programas sociais sem contrapartida e substituição do Teto de Gastos por um arcabouço fiscal mais flexível, que ampliou a desconfiança do mercado.
Com o aumento da dívida, o Tesouro revisou para cima o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025. A previsão, que antes variava entre R$ 8,1 e R$ 8,5 trilhões, passou a oscilar entre R$ 8,5 e R$ 8,8 trilhões.
Peso sobre o contribuinte
O custo médio da dívida já atinge 11,65% ao ano, com prazo médio de apenas 4,09 anos para refinanciamento. Isso significa que o Brasil está pagando caro para se endividar e precisará refinanciar títulos em prazos cada vez mais curtos, gerando pressão constante sobre os cofres públicos.
Enquanto isso, a dívida bruta do governo geral já corresponde a 77,5% do PIB, um indicador que aproxima o país de nações em crise fiscal. Quanto maior essa relação, maior o espaço que os juros ocupam no orçamento, engessando investimentos e reduzindo a capacidade do Estado de gerar crescimento.
O futuro em risco
A trajetória atual mostra que o governo não conseguiu controlar gastos e continua transferindo a conta para o contribuinte. Em vez de promover reformas estruturais, cortar privilégios e reduzir a máquina pública, a gestão insiste em ampliar despesas e aumentar impostos.
Para quem paga a conta, o recado é claro: enquanto o governo ignora a disciplina fiscal e aposta em soluções paliativas, a dívida cresce sem freio. O resultado é mais carga tributária, mais inflação e menos espaço para o crescimento sustentável.
Em pouco tempo, Lula conseguiu o que parecia impensável: colocar o Brasil novamente na rota do risco fiscal, colocando em xeque a confiança dos investidores e comprometendo o futuro das próximas gerações.






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