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PF pede autorização para vigiar Bolsonaro dentro da própria casa, para eliminar qualquer risco de fuga

  • Redação
  • 26 de ago.
  • 2 min de leitura
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A escalada de perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (26). A Polícia Federal encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para que agentes passem a fazer vigilância 24 horas por dia dentro da residência de Bolsonaro, em Brasília.


A solicitação, surgiu após determinação de Moraes para monitoramento integral do ex-presidente sob o pretexto de risco de fuga. Inicialmente, a ordem previa apenas acompanhamento nas imediações do imóvel, sem invasão da esfera privada. A PF, no entanto, alegou que esse formato não seria suficiente e sugeriu a presença ostensiva de policiais no interior da casa.


Segundo o ofício assinado pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a tornozeleira eletrônica poderia falhar, o que abriria brecha para uma eventual evasão. A corporação argumentou que a presença física dos agentes seria a única forma “eficaz” de evitar qualquer deslocamento não autorizado.


Interferência do PT no processo

A ofensiva judicial contra Bolsonaro atende a um pedido direto do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder petista na Câmara. O parlamentar pediu a Moraes que determinasse a vigilância integral, alegando que o ex-presidente teria planos de deixar o país. Como justificativa, citou uma minuta encontrada no celular de Bolsonaro sobre um possível pedido de asilo à Argentina, país governado por Javier Milei, aliado político de Bolsonaro.


A Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiou o pedido de Lindbergh, e Moraes prontamente acatou, reforçando o monitoramento. Agora, com a manifestação da PF, o caso volta para a análise da PGR.


Estado policial em curso

Críticos enxergam o episódio como mais uma demonstração de que o sistema judicial brasileiro vem sendo usado de forma seletiva e política. A vigilância dentro da residência de Bolsonaro — medida extrema e inédita contra um ex-presidente — é vista por apoiadores como uma tentativa clara de humilhar e desgastar sua imagem pública.


Enquanto isso, escândalos que envolvem figuras próximas ao governo Lula seguem sem o mesmo rigor judicial. Para a oposição, fica cada vez mais evidente a construção de um Estado policial voltado contra adversários políticos, transformando o sistema de Justiça em ferramenta de intimidação.

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