Número 2 de Marco Rubio diz que Moraes precisa ser contido
- Redação
- 17 de set.
- 2 min de leitura

A pressão internacional sobre o ativismo político do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ganhou um novo capítulo. O secretário-adjunto do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau — número dois do chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio — declarou nesta quarta-feira (17.set.2025) que o Brasil precisa conter o ministro, a quem acusou de estar “descontrolado” e colocando em risco décadas de parceria entre os dois países.
Em publicação no X, Landau foi direto:
“Os Estados Unidos continuam a esperar que o Brasil contenha o descontrolado ministro do STF, Moraes, antes que ele destrua completamente a relação que nossos grandes países desfrutam há mais de dois séculos”.
A mensagem foi traduzida e divulgada pelo perfil oficial da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. O diplomata também acusou Moraes de usar o sistema judicial para perseguir adversários políticos, numa referência clara à condenação de Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão por suposta tentativa de golpe — decisão considerada arbitrária e sem provas por diversos juristas e observadores internacionais.

Segundo Landau, o governo brasileiro tem sido complacente com o abuso de poder do ministro, permitindo que ele “dobre a aposta em seu abuso do processo judicial para perseguir uma agenda descaradamente política”. Ele ainda afirmou que não permitirá que o “regime de censura” de Moraes tente se expandir aos Estados Unidos.
Vale lembrar que o ministro está proibido de entrar no país e foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky, que congela bens, cancela vistos e bloqueia contas vinculadas a estrangeiros acusados de violações graves de direitos humanos ou corrupção.
Novas sanções dos EUA contra o Brasil
As críticas de Landau ocorrem dias após o próprio Marco Rubio afirmar que os EUA devem impor novas sanções contra o Brasil em resposta à perseguição política sofrida por Bolsonaro. Rubio declarou na segunda-feira (15.set) que os ministros da 1ª Turma do STF, especialmente Moraes, foram “parciais” no julgamento e que o episódio faz parte de “uma crescente campanha de opressão judicial” que ameaça inclusive empresas e cidadãos americanos.
Rubio destacou que a Casa Branca já aplicou tarifas extras ao Brasil como forma de pressionar por respeito à democracia e ao devido processo legal. O país hoje está entre os mais atingidos pelo tarifaço do presidente Donald Trump, que elevou impostos de importação de alguns produtos brasileiros em até 50%.






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