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Na véspera de julgamento de Bolsonaro, Barroso ataca conservadores e fala em “empurrar extremismo para a margem da história”

  • Redação
  • 1 de set.
  • 2 min de leitura

Foto: Gustavo Moreno/STF
Foto: Gustavo Moreno/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a provocar polêmica nesta segunda-feira (1º), véspera do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em discurso na Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ), Barroso declarou que o Brasil estaria prestes a “empurrar o extremismo para a margem da história” e inaugurar um “novo ciclo político”.


A fala ocorre justamente um dia antes do julgamento de Bolsonaro no STF, acusado de tentativa de golpe, e reforça a percepção de que a Corte tem assumido papel político, colocando em xeque sua própria imparcialidade.


Segundo Barroso, a democracia brasileira estaria entrando em uma fase de equilíbrio entre diferentes correntes ideológicas — liberais, progressistas e conservadores — mas deixou claro que o chamado “extremismo” deve ser retirado de cena. O problema, segundo críticos, é que o STF tem classificado como extremismo qualquer voz de oposição mais dura ao governo Lula, especialmente as ligadas ao bolsonarismo.


Julgamento sob suspeita

O processo contra Bolsonaro será analisado nesta terça-feira (2) pela Primeira Turma do STF, formada por Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente do colegiado), Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux — ministros que, em sua maioria, já deram declarações duras contra o ex-presidente. Para aliados, trata-se de mais um capítulo de perseguição política travestida de julgamento jurídico.


STF cada vez mais político

Barroso também usou o discurso para criticar os que “não aceitam as regras do jogo quando perdem eleições”, em clara referência ao movimento conservador que questionou o processo eleitoral de 2022. Ao mesmo tempo, fez um balanço de sua gestão no comando do STF, citando os atos de 8 de janeiro e o processo da chamada tentativa de golpe.


Críticos apontam que Barroso e outros ministros do Supremo atuam além de suas funções constitucionais, assumindo um protagonismo político que coloca em risco a separação de poderes. Para eles, a fala do ministro não apenas antecipa o julgamento de Bolsonaro, como também reforça uma narrativa alinhada ao governo do PT.


Transição no comando do STF

Barroso deixará a presidência do Supremo no próximo dia 29 de setembro, quando será sucedido por Edson Fachin, que comandará a Corte até 2027. O novo ciclo, no entanto, já nasce marcado pela suspeita de parcialidade e pela contínua perseguição a opositores do governo Lula.

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