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Lula diz que seu salário de R$ 46 mil é pouco: ‘não é fácil a vida’

  • Redação
  • 6 de ago.
  • 2 min de leitura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião do Conselhão, em Brasília, em 5 de agosto de 2025 (YouTube/Reprodução)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião do Conselhão, em Brasília, em 5 de agosto de 2025 (YouTube/Reprodução)

Em mais uma fala que gerou polêmica e distanciamento da realidade da população, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (5), durante reunião com o chamado "Conselhão", em Brasília, que o salário que recebe como chefe do Executivo “não é muito” e que “não é fácil a vida”.


Segundo Lula, seu salário bruto é de R$ 46 mil, mas após descontos de Imposto de Renda e contribuições ao PT, ele afirma que restam R$ 21 mil líquidos para suas despesas pessoais. “Salário de presidente acho que é 46.000 reais, paga 27 de imposto de renda, o PT me cobra 4 na fonte, pago 4.000 reais… me sobra 21.000 reais. Não é fácil a vida”, declarou o petista, em tom de queixa.


Lula ainda ironizou a ausência de reajuste salarial: “Ninguém me dá aumento, eu tenho que pedir para mim mesmo. Eu levanto todo dia, me olho no espelho e falo ‘Lula, eu quero aumento’... eu falo ‘você não vai ter’”, afirmou, arrancando risos da plateia — formada em sua maioria por aliados políticos, empresários ligados ao governo e integrantes de conselhos.


A declaração foi mal recebida por parte da opinião pública e nas redes sociais, especialmente diante do contexto de estagnação econômica, desemprego persistente, aumento da carga tributária e salários achatados da população. Para muitos críticos, a fala escancara o quanto o presidente está desconectado da realidade vivida por milhões de brasileiros que lutam para sobreviver com menos de um salário mínimo por mês.


Enquanto famílias enfrentam alta no preço dos alimentos, aumento nas contas de energia e combustíveis, e veem seus rendimentos corroídos pela inflação, o chefe do Executivo se coloca como vítima por “sobrar” R$ 21 mil mensais.


A fala reforça o tom de autocomiseração que tem marcado o discurso presidencial, em contraste com a postura esperada de liderança e responsabilidade diante de um país com profundas desigualdades sociais. Para analistas, Lula tenta humanizar sua figura com declarações desse tipo, mas o efeito acaba sendo o oposto: expõe um líder que se queixa do topo da pirâmide social, enquanto a base carrega o peso da crise.

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