Governo Lula rejeita novamente enquadrar facções criminosas como organizações terroristas
- Redação
- 5 de nov.
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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta quarta-feira (5) que o governo Lula é “terminantemente contra” a proposta de enquadrar facções criminosas como organizações terroristas .
Segundo Gleisi, tal medida “colocaria em risco a soberania nacional” e poderia “abrir brechas para intervenção estrangeira”. Na prática, o governo petista prefere blindar juridicamente facções que espalham o terror no país, ao invés de tratá-las com o rigor que a população brasileira exige.
"O governo é terminantemente contra, nós somos contra esse projeto que equipara as facções criminosas ao terrorismo. Terrorismo tem objetivo político e ideológico, e o terrorismo, pela legislação internacional, da guarida para que outros países possam fazer intervenção no nosso País", declarou Gleisi.
A posição do Planalto vai na contramão da pressão da oposição e de especialistas em segurança pública, que defendem o enquadramento das facções como terroristas para permitir ações mais duras contra o crime organizado, especialmente após a megaoperação no Rio de Janeiro.
Mesmo diante da escalada da violência e da influência das facções além das fronteiras nacionais, Gleisi afirmou que “a legislação atual é suficiente” e cobrou do Congresso agilidade em propostas do próprio Executivo, como a chamada PEC da Segurança, parada há meses.
Enquanto isso, o governo segue priorizando o discurso político e evitando enfrentar de forma firme o crime organizado, enviando um sinal preocupante à sociedade e às forças de segurança que lutam diariamente contra o poder paralelo das facções.


