top of page

Fim da lua de mel: Centrão vira as costas para Lula e fortalece oposição

  • Redação
  • 3 de set.
  • 2 min de leitura
ree

Em um duro revés para o Palácio do Planalto, a federação União Progressista — formada por União Brasil e Progressistas (PP) — anunciou a saída oficial da base do governo Lula. A decisão inclui a orientação para que ministros e aliados entreguem seus cargos na administração federal, um movimento que aumenta o isolamento do petista em Brasília.


O anúncio ocorre em paralelo ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), num momento em que cresce a pressão de parlamentares pela anistia aos réus do 8 de janeiro. Com a ruptura, André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), indicados do PP e União Brasil, respectivamente, devem deixar suas pastas.


Segundo os presidentes das legendas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), a decisão é um gesto de “clareza e coerência” diante das cobranças do eleitorado. “É isso que o povo brasileiro exige de seus representantes”, afirmou Rueda.


Reação do governo e pressão sobre aliados

Na semana passada, Lula havia cobrado publicamente “lealdade” de seus ministros e aliados do Centrão, afirmando que quem não estivesse disposto a defender sua gestão deveria sair. A fala foi vista como uma tentativa de intimidação que acabou acelerando a decisão da federação.


O petista também atacou diretamente dirigentes partidários, como Antonio Rueda, e não poupou críticas a Ciro Nogueira, lembrando que o senador foi ministro de Bolsonaro. Para analistas políticos, a postura hostil de Lula apenas contribuiu para afastar os partidos, que já vinham insatisfeitos com o rumo da gestão.


Risco de punições internas

Em comunicado, a União Progressista orientou que todos os filiados com cargos no governo entreguem seus postos imediatamente. Caso contrário, poderão sofrer sanções partidárias.


A saída do União Brasil e do PP deixa claro o desgaste crescente do governo Lula, que perde parte importante de sua base de sustentação no Congresso. Para a oposição, o episódio mostra que o petista já não consegue manter o apoio nem mesmo daqueles que foram cooptados com cargos e verbas.

Comentários


bottom of page