Ex-assessor do TSE entrega documentos aos EUA e acusa Moraes, STF e PGR de irregularidades
- Redação
- 3 de set.
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O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, afirmou nesta terça-feira (2), durante audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado, que repassou às autoridades norte-americanas documentos envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Todo material apresentado a essa comissão, que eu tenho comigo, já foi entregue para as autoridades americanas para que elas tomem providências em relação ao Supremo Tribunal Federal, ao Alexandre de Moraes e à Procuradoria-Geral da República”, declarou Tagliaferro.
Alterações em relatórios e irregularidades
Segundo o ex-assessor, relatórios produzidos pelo TSE teriam sido manipulados para dar aparência de legalidade a investigações conduzidas pelo STF sob relatoria de Moraes. Ele afirmou que as datas dos documentos foram alteradas e que fingiu aderir ao esquema para reunir provas, evidenciando um suposto uso político das estruturas do Judiciário.
Apoio de parlamentares e pressão internacional
A sessão foi presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e contou com apoio de parlamentares que reforçaram a necessidade de paralisação do julgamento de Jair Bolsonaro na Primeira Turma do STF. Entre eles estavam Damares Alves (Republicanos-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE), que defenderam até mesmo a denúncia em organismos internacionais.
CPI para investigar o Judiciário
Ainda durante a audiência, foi discutida a criação de uma CPI para apurar possíveis irregularidades de ministros do Judiciário. O pedido, apresentado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), já conta com o número mínimo de assinaturas e depende apenas da leitura em plenário para ser instaurado, podendo abrir caminho para uma investigação formal contra membros do STF.
O caso coloca em evidência um cenário de crescente tensão entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e evidencia denúncias de uso político das instituições por parte de ministros da Corte Suprema, especialmente Alexandre de Moraes.






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