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Estudo mostra que Bolsa Família desestimula o trabalho e prende famílias na dependência do governo

  • Redação
  • 18 de set.
  • 2 min de leitura

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Um levantamento do FGV/ Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) trouxe à tona um dado alarmante: o Bolsa Família, tem gerado acomodação. A pesquisa aponta que, a cada duas famílias que recebem o benefício, uma deixa o mercado de trabalho.


Conduzido pelo economista Daniel Duque, o estudo analisou os efeitos da ampliação do valor médio do auxílio para cerca de R$ 670 em 2023. O resultado foi a redução de 11% na participação no mercado de trabalho entre os beneficiários, se comparados aos que não recebem o programa.


Entre os recém-incluídos, as chances de conseguir emprego caíram 12% e a de ter uma vaga formal recuou 13%. O efeito é mais visível em jovens homens, principalmente no Norte e no Nordeste, onde o valor do Bolsa Família chega a se igualar aos salários pagos pelo mercado. Ou seja: muitos preferem abrir mão do emprego para garantir a “renda fácil” do governo.


Mesmo com a regra que permite continuar recebendo parte do benefício ao ultrapassar a renda mínima, prevalece o medo de perder a ajuda estatal. Na prática, o programa tem funcionado como uma armadilha: em vez de incentivar o crescimento pessoal e profissional, prende famílias em um ciclo de dependência.

Os números também explicam por que a taxa de participação no mercado de trabalho não voltou ao patamar de antes da pandemia. Em 2019, era de 63,6%. Caiu para 57,3% no auge da crise sanitária e, após o reajuste do Bolsa Família, permaneceu abaixo do nível anterior, atingindo 61,6% em 2023 e apenas 62,2% no primeiro trimestre de 2025.


Esse cenário reforça uma crítica recorrente: políticas assistencialistas podem até garantir popularidade ao governo, mas não resolvem os problemas reais do país. Pelo contrário, desestimulam a produtividade, afastam jovens do mercado e aumentam a dependência de um Estado cada vez mais inchado.

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