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Entenda o caso Dreyfus, citado pela defesa de Bolsonaro em sustentação

  • Redação
  • 4 de set.
  • 2 min de leitura

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No segundo dia do julgamento sobre a suposta "trama de golpe" atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quarta-feira (3), a defesa alertou para o risco de o processo se tornar um marco de injustiça na história do Brasil.


O advogado Paulo da Cunha Bueno evocou o Caso Dreyfus, um dos episódios mais notórios de erro judiciário do mundo, ocorrido na França no final do século XIX, para pedir cautela aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Senhores ministros, não permitamos, em hipótese alguma, criarmos neste processo uma versão brasileira e atualizada do emblemático caso Dreyfus, curiosamente também capitão de artilharia, acusado de crime contra a pátria, condenado com base em documento apócrifo e com seu direito de defesa limitado. Esse episódio representa uma cicatriz na história jurídica do Ocidente”, afirmou Bueno.

A fala do advogado segue a mesma linha de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que na véspera já havia se manifestado nas redes sociais:

“Jair Bolsonaro é o novo Caso Dreyfus, um dos maiores escândalos de erro judiciário no mundo. A História vai colocar os perseguidores em seu devido lugar.”

Um paralelo histórico

O Caso Dreyfus ocorreu em 1894, quando o capitão judeu Alfred Dreyfus foi acusado injustamente de espionagem e condenado à prisão perpétua com base em provas forjadas. Após anos de mobilização e denúncias de intelectuais como Émile Zola, a farsa foi desmascarada e Dreyfus acabou inocentado em 1906. O episódio marcou a França como símbolo de perseguição política e erro judiciário.


O risco de repetir a história no Brasil

Para os defensores de Bolsonaro e parte expressiva da sociedade, há sinais de que o processo contra o ex-presidente segue a mesma trilha: acusação frágil, provas questionáveis e forte viés político. A comparação com Dreyfus evidencia a preocupação de que o STF esteja prestes a cometer um erro que pode manchar a justiça brasileira e abrir um precedente perigoso contra qualquer voz dissidente.


Assim como no século XIX, quando a pressão política e o preconceito levaram à condenação de um inocente, críticos afirmam que hoje Bolsonaro sofre um processo mais político do que jurídico, onde o objetivo seria inviabilizar seu papel na vida pública e afastar uma liderança popular das disputas democráticas.

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