Delegado Felipe Curi, que comandou operação contra o CV com mais de 120 mortos, pode disputar o governo do Rio
- Redação
- 29 de out.
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O Partido Liberal (PL), do governador Cláudio Castro, avalia lançar o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, como candidato ao governo do Rio de Janeiro. A decisão deve ser embasada por uma pesquisa interna com seu nome.
Curi é o responsável pela maior ofensiva já realizada contra o Comando Vermelho, nos complexos da Penha e Alemão, que resultou na neutralização de mais de 120 criminosos. O sucesso da operação colocou o delegado no centro do debate nacional, dividindo opiniões: enquanto a esquerda o acusa, a maioria da população reconhece o feito como um passo essencial para devolver o Rio aos cidadãos de bem.
Em suas redes, Curi tem adotado uma comunicação direta contra a narcocultura — denunciando a glamourização de traficantes por influenciadores e artistas como o rapper Oruam. Para o delegado, facções criminosas funcionam como organizações terroristas que dominam territórios, exploram famílias e impõem medo. Essa visão vem ganhando forte apoio popular. "Hoje todo mundo é vítima. E o polícial está sendo tratado como vilão. O ladrão é vitima da sociedade, o traficante passou a ser vítima do usuário. Nossos mais de 2.500 heróis estavam lá pelas pessoas, para impedir que a população continue refém desses narcotraficantes" disse Curi.
Segundo pesquisa Quaest, 8 em cada 10 brasileiros acreditam que a polícia prende, mas a justiça solta. Em outras palavras, a população está cansada da impunidade e apoia ações mais firmes. A resposta dada pelo governo do Rio atende exatamente esse clamor — e Curi se apresenta como símbolo dessa mudança de postura.
A operação que fortaleceu Curi aconteceu dias após o presidente Lula afirmar que “traficantes são vítimas dos usuários”. A fala gerou revolta entre policiais e boa parte da sociedade, que considerou a declaração um aceno ao crime. Enquanto isso, parlamentares da esquerda acusaram o governo de usar a ação como resposta política. O que a oposição chama de estratégia, o eleitor chama de coragem para fazer o que precisa ser feito.
Como resumiu o deputado Altineu Cortes (PL):“Cláudio foi dormir mais forte do que acordou.”






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