Careca do INSS se nega a responder perguntas na CPI e sessão vira palco de revolta contra esquema bilionário
- Redação
- 25 de set.
- 2 min de leitura

O depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, escancarou hoje o retrato da impunidade no Brasil. Em mais uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Antunes se recusou a responder perguntas do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), transformando a reunião em bate-boca, gritaria e confusão.
Logo na abertura, o lobista tentou justificar seu silêncio, alegando perseguição: “O relator já me julgou sem me ouvir”, disse, acusando Gaspar de chamá-lo de ladrão em sessões anteriores. Mas os fatos falam por si: Antunes está preso preventivamente pela Polícia Federal e só compareceu por conta de um acordo judicial, amparado por habeas corpus concedido pelo STF – mais uma prova de como o sistema dá brechas para corruptos escaparem da verdade.
A confusão começou quando o deputado Alfredo Gaspar classificou Antunes como autor do maior roubo a aposentados e pensionistas da história do Brasil. A declaração indignou o advogado de defesa, que tentou desqualificar as acusações. Imediatamente, parlamentares reagiram, e o deputado Zé Trovão (PL-SC) confrontou o advogado na mesa diretora. A tensão foi tamanha que agentes da Polícia Legislativa chegaram a ser acionados.
Gaspar não recuou. Projetou no telão uma foto de Antunes participando de reunião oficial já no governo Lula, lado a lado com servidores de alto escalão do INSS:
“Com apenas treze dias de governo, já havia um quadrilheiro sentado à mesa da Previdência Social. Quem autorizou isso?” – questionou o relator.
Na sequência, Gaspar enumerou os milhões em propinas e os bens de luxo sem comprovação de origem atribuídos a Antunes. Um patrimônio incompatível com sua renda declarada, enquanto aposentados brasileiros tiveram descontos ilegais em seus benefícios.
A cena expôs o contraste gritante: um esquema que saqueou os mais pobres do país, protegido por silêncio, advogados e habeas corpus, enquanto o governo Lula permitia que suspeitos circulassem em gabinetes oficiais.






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