A cidade brasileira onde 93% da população depende do Bolsa Família
- Redação
- 26 de ago.
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O município de Itaubal, no Amapá, se tornou um exemplo extremo da dependência do assistencialismo estatal. Segundo dados oficiais, 93% da população sobrevive com o Bolsa Família, em um cenário de pobreza comparável a países africanos em crise.
Com cerca de 6 mil habitantes, Itaubal apresenta indicadores alarmantes: apenas 28 pessoas possuem emprego formal, ou seja, 1 em cada 215 moradores trabalha com carteira assinada. Enquanto isso, 5,6 mil habitantes dependem de programas assistenciais, uma situação 44 vezes pior que a média nacional e até inferior à da Região Norte, historicamente a mais pobre do país.
Infraestrutura e economia em colapso
O déficit estrutural é visível em todos os setores. O município possui menos de 80 veículos registrados, o que significa apenas 13 carros para cada mil habitantes, um número inferior ao de países africanos como Angola, devastado por guerras.
A renda anual per capita em Itaubal é de apenas R$ 15 mil, valor próximo ao registrado em nações africanas em desenvolvimento, enquanto o prefeito recebe R$ 173 mil por ano, revelando um contraste gritante entre a administração pública e a população.
Assistencialismo sem desenvolvimento
Sem uma base econômica própria, com baixa formalização do trabalho e uma prefeitura que gasta mais do que arrecada, Itaubal tornou-se dependente quase total do governo federal. A realidade do município evidencia os limites do Bolsa Família quando não é acompanhado de políticas reais de geração de empregos e renda.
Especialistas alertam: o assistencialismo sem incentivo à produção transforma cidades em reféns do Estado, perpetuando a pobreza e a dependência financeira, ao invés de promover autonomia e desenvolvimento.






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