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Depois de censurar o X no Brasil, Moraes vê empresa da própria família sair do ar por decisão dos EUA

  • Redação
  • 26 de set.
  • 2 min de leitura

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que no ano passado determinou o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, agora enfrenta situação inversa: um site ligado à sua própria família foi retirado do ar — desta vez por ordem das autoridades dos Estados Unidos.


Na última quinta-feira (25), a empresa americana de segurança digital Cloudflare suspendeu os serviços do site barcidemoraes.com.br, pertencente ao escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, de Viviane Barci, esposa de Moraes. A medida foi tomada em cumprimento às sanções impostas pelo governo americano com base na Lei Magnitsky, que prevê bloqueios a pessoas e empresas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.


Embora o escritório não tenha sido citado nominalmente, a chamada “50 Percent Rule” obriga o bloqueio automático de empresas em que pessoas sancionadas detenham participação majoritária. Como Viviane Barci foi incluída na lista e possui mais de 50% do escritório, o portal ficou indisponível.


O episódio chama atenção porque a mesma Cloudflare já havia sido alvo de decisões de Moraes. Em 2024, o ministro ordenou que a empresa bloqueasse o acesso ao X no Brasil, alegando descumprimento de ordens judiciais por parte da rede social de Elon Musk. A medida foi duramente criticada por setores que viram na decisão um ataque direto à liberdade de expressão.


Agora, no entanto, o jogo virou: a empresa de tecnologia que Moraes usou como ferramenta de censura é a mesma que, obrigada pela lei americana, retirou do ar o site do escritório da esposa do ministro.


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Além do escritório, o Instituto Lex, no qual Viviane Barci detém 25% das cotas e os demais 75% pertencem aos filhos de Moraes, também foi citado nominalmente pelo Tesouro americano e pode sofrer novas restrições.


O caso expõe o contraste entre a atuação do ministro no Brasil e a reação das autoridades internacionais, ampliando o debate sobre a extensão do poder de Moraes e os limites da atuação de sua família diante de investigações externas.

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