Após anos de deboche, Dilma volta a falar sobre “estocar vento” e usa crise energética para validar ideia
- Redação
- 6 de jul.
- 2 min de leitura

Durante evento oficial do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), no Rio de Janeiro, neste sábado (6), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a tentar justificar uma das declarações mais controversas e alvo de piadas de seu governo: a ideia de “estocar vento”.
A petista, agora presidente da instituição ligada aos países do Brics, afirmou que foi mal interpretada em 2015, e que o armazenamento de energia renovável é hoje um tema relevante no setor energético. Dilma, que enfrentou uma série de crises econômicas e políticas durante sua gestão, afirmou que sua fala – amplamente ridicularizada na época – estava correta.
“Muitos da imprensa acharam que era ignorância, mas hoje é uma das principais áreas do setor de energia”, disse ela, sem reconhecer os erros de comunicação e gestão que marcaram seu governo.
A ex-presidente mencionou exemplos de apagões em Portugal e Espanha para justificar a importância do armazenamento de energia gerada por fontes intermitentes como a solar e a eólica, e tentou transformar o antigo meme em argumento técnico. No entanto, críticos apontam que, à época da declaração, não havia proposta concreta de política pública ou plano estruturado para o setor — apenas frases soltas, muitas vezes sem embasamento técnico. A tentativa de reescrever sua narrativa ocorre num momento em que o PT busca retomar protagonismo internacional e limpar a imagem de gestões marcadas por escândalos, recessão econômica e alto desemprego.
A fala original sobre "estocar vento", que viralizou em 2015, continua sendo lembrada como um dos maiores símbolos do despreparo técnico que marcou a administração da ex-presidente. Mesmo com os avanços tecnológicos atuais, especialistas apontam que a tentativa de transformar a gafe em visão de futuro soa como uma estratégia política para minimizar o desgaste de sua gestão no imaginário popular.






Comentários