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União Brasil dá 24 horas para filiados deixarem cargos no governo Lula

  • Redação
  • 19 de set.
  • 2 min de leitura
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O União Brasil deu um recado claro ao governo federal: filiados que ocupam cargos no governo Lula têm 24 horas para se desligar, sob pena de serem enquadrados por “infidelidade partidária”. A decisão foi oficializada nesta quinta-feira (18) pelo presidente nacional da sigla, Antônio Rueda, e reforça a posição independente do partido diante de um Executivo marcado por ineficiência e centralização política.


Atualmente, o União Brasil mantém Celso Sabino na chefia do Ministério do Turismo, mas a resolução deixa claro que a manutenção de filiados em postos estratégicos não será tolerada. A medida ocorre no mesmo período em que Rueda aparece nas apurações da Polícia Federal sobre suposta infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) em setores financeiros e de combustíveis — situação que o partido classifica como uma tentativa de desgaste político.


Em nota, o União Brasil denuncia a coincidência entre a divulgação das investigações e a determinação de afastamento dos filiados: “É evidente o uso político da máquina estatal para enfraquecer a nossa liderança e atacar a independência de um partido que se posiciona contra o governo”, afirmou a direção da sigla.


Rueda também destacou que a repercussão é uma tentativa de criminalizar opositores: “Essas acusações são levianas e orquestradas. Trata-se de um ataque político, usando operações legítimas para atingir adversários”, afirmou.

A ministra Gleisi Hoffmann, do PT, criticou a ligação feita pelo partido entre

a PF e a saída de seus filiados, mas o União Brasil manteve sua posição firme, reforçando que a decisão é interna e necessária para preservar a coerência política do partido.


Em 2 de setembro, União Brasil e PP já haviam determinado 30 dias para que ministros filiados às duas siglas deixassem o governo, incluindo o ministro do Esporte, André Fufuca (Progressistas). Com a nova resolução, o União Brasil antecipa o processo de desligamento e reafirma a oposição ao Executivo federal.


A federação União Brasil-PP, formada em agosto, reúne 108 deputados e 14 senadores, tornando-se a maior bancada da Câmara e a segunda maior do Senado. A liderança é compartilhada por Antônio Rueda e pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI). Apesar de abrigar filiados com perfil mais conciliador, o partido mantém opositores firmes ao governo, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pré-candidato à Presidência em 2026.


O recado do União Brasil é claro: manter a coerência política e a independência partidária será prioridade, mesmo diante da pressão do governo petista.

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