Motta diz: anistia irrestrita não terá apoio, justiça precisa ser preservada
- Redação
- 14 de ago.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (14) que não há ambiente na Casa para uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, defendida por alguns apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Motta, medidas dessa natureza, que poderiam beneficiar até quem planejou atos violentos, não encontram respaldo no Parlamento.
O posicionamento surge após a ocupação dos plenários da Câmara e do Senado, feita por aliados de Bolsonaro, na tentativa de pressionar pela aprovação de um pacote de medidas, incluindo anistia para participantes dos atos de 8 de janeiro. Motta destacou que o episódio deixou claro que o Parlamento não permitirá que atos graves contra a democracia fiquem sem consequências.
“Não vejo dentro da Casa um ambiente para anistiar quem planejou matar pessoas. O que pode ser discutido é uma revisão de penas para aqueles que não tiveram papel central nos atos, mas receberam punições altas devido à cumulatividade das penas”, explicou.
O presidente da Câmara afirmou que esse tipo de projeto alternativo, que não configure anistia total, poderia encontrar maior consenso entre partidos de oposição e da base governista.
Dados do STF indicam que, dos mais de 1,4 mil presos relacionados aos atos do dia 8 de janeiro, 141 ainda cumprem pena em regime fechado e 44 estão em prisão domiciliar. Motta reforçou que a prioridade é garantir justiça sem atropelos: “O que aconteceu no 8 de janeiro foi muito grave e precisa ficar registrado para que esses episódios não se repitam.”






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