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Lésbicas, gays e bissexuais anunciam racha com ativismo trans

  • Redação
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura
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Um dos maiores rompimentos do ativismo moderno acaba de acontecer. Representantes lésbicas, gays e bissexuais de 18 países se uniram para criar a LGB International, uma nova coalizão que rompe oficialmente com o movimento LGBTQ+. O grupo afirma querer resgatar o foco nas pautas originais de orientação sexual — e não nas questões de identidade de gênero, que, segundo eles, passaram a dominar o debate.


A iniciativa surge como resposta à sensação de que o movimento tradicional perdeu o rumo ao priorizar temas ligados à transição de gênero, especialmente em crianças e adolescentes. Enquanto isso, lembram os fundadores, a homossexualidade ainda é considerada crime em 64 países. “O essencial ficou para trás”, defendem.


Inspirada na britânica LGB Alliance, a nova organização questiona o uso de bloqueadores de puberdade e hormônios em menores de idade, alegando que não há estudos suficientes sobre os efeitos de longo prazo. Também defende que mulheres lésbicas tenham direito a espaços exclusivos, sem a obrigatoriedade de incluir pessoas trans — um ponto que tem gerado grande debate em países europeus.


Dentro da comunidade LGBTQ+, a criação da LGB International dividiu opiniões. Para uns, é um retrocesso; para outros, um movimento legítimo de reconexão com as origens da luta LGB. Seus apoiadores afirmam que não se trata de discriminação, mas de liberdade de expressão e associação — valores que, ironicamente, sempre foram bandeiras centrais da própria militância.


O episódio expõe uma contradição: o movimento que prega a diversidade agora enfrenta suas próprias diferenças internas. A pergunta que fica é se essa nova fase trará clareza e foco às causas LGB ou se aprofundará as divisões dentro de um campo que, até pouco tempo atrás, marchava sob a mesma bandeira.

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